2010 Eco Surdo e Metrônomo

Eco Surdo

2010

óleo sobre alvenaria

Eco Surdo

Metrônomo

2010

óleo sobre alvenaria

Metrônomo (detalhe)

Metrônomo (detalhe)

O trabalho Eco Surdo, assim como Metrônomo, foi feito por ocasião do Salão dos Artistas Sem Galeria, que ocorreu simultaneamente em dois locais na cidade de São Paulo, a Matilha Cultural e a Casa da Xiclet. Embora cada trabalho tenha autonomia, quando vistos em relação um ao outro, o conjunto passa a ganhar um significado especialmente relevante.

Eco Surdo

A entrada da Matilha Cultural fica em um andar intermediário de seu edifício. O visitante ou desce para a galeria, ou sobe para o teatro e o cinema. Na altura da linha de visão que se tem no momento da entrada no edifício há uma espessura entre dois andares, pequena demais para ser uma parede e grande demais para ser a laje entre o subsolo e o primeiro andar. Neste elemento foi feita a pintura, que se desdobra em duas paredes adjacentes que também delimitam este andar.

A altura deste elemento e largura do trecho que vai do vértice entre as duas paredes e a entrada de um elevador definiram as dimensões de um retângulo que foi repetido quatro vezes. Essas quatro formas são unidas em dois pares separados pelos dois vértices entre as três superfícies adjacentes, tendo todas elas seus limites superiores e inferiores alinhados.

Cada quadrado é construído não por delimitação linear, mas pelo preenchimento de suas superfícies, com faixas verticais justapostas. Cada faixa traz uma variação mínima da cor branca.

Metrônomo

Na Casa da Xiclet, ao fundo da sala de exposição, há uma porta que dá acesso à lavanderia. Praticamente todas as superfícies deste local são pretas, ao passo que as da sala de exposição são todas brancas. Em cada um desses aposentos fiz um retângulo, cujas dimensões e localizações foram definidas por um elemento já dado na área externa, um pedaço da estrutura de alvenaria que sustenta uma escada. O par de formas realiza troca entre as cores/valores da lavanderia e da sala de exposição.